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terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Ilha do Amor




Ilha do Amor

O vento forte parou
mar agitado acalmou
a noite escura se foi
e novo dia chegou

sobrevivente fiquei 
não é miragem, eu sei
ou será um sonho meu
tudo que eu encontrei.

Aqui eu quero ficar,
pro mar não quero voltar
oh, minha Ilha do Amor,
como foi bom te encontrar

vou conhecer teu mistério
vida com brilho e cor,
eu estou falando sério, 
ó minha Ilha do Amor.

domingo, 25 de janeiro de 2015

filosofando sobre o surf


Por necessidade, estou de repouso por motivos de saúde e, por sorte, providencia, oportunismo ou não, estou eu aqui apreciando das ondas dos mares do mundo inteiro através de um canal a cabo. Embora eu tenha plena consciência de que esta não é minha praia, eu sempre me encanto com as ondas, por que será, eu um aposentado da Marinha, gostar de ondas?!
Não sei nada da linguagem do surf, nem das regras, nem do ranking dos melhores do mundo, exceto agora pelas proezas de um brasileiro de 20 anos, grande Gabriel Medina. Então o que estou a fazer aqui envolvido por aquele poderoso azul esverdeado, tanto pequenas quanto grandes ondas? Noto alguns detalhes no comportamento daqueles valentes, homens e mulheres; a disciplina dos treinamentos, a abnegação, a prioridade que dão ao que fazem e, especialmente, a forma como vibram quando conseguem uma ótima pontuação e ressurgem dos tubos como quem venceu uma batalha. Ao ver seguidamente aquelas imagens, já que não pude produzir a mesma adrenalina, mas resolvi internalizar aquelas imagens, dando sentido a cada movimento, cada investida, cada tubo, cada respiro das ondas, não só isso mas também todo o trabalho de apoio nos jetskis e, por que não, os habilidosos fotógrafos aquáticos, a equipe de logística junto à areia e sabe Deus quem mais... Prometam que não vão rir, mas em alguns momentos da minha vida senti a onda vir sobre a minha cabeça, momento de decisão extrema, solidão, provação, fragilidade, coragem a contragosto e até mesmo abrir mão de coisas preciosas pra mim; ondas enormes experimentei e quer saber?... não tenho nenhum troféu em minha escrivaninha, meu lugar reservado, exceto algumas preciosas medalhas que recebi na carreira militar. Contudo, eu venci grandes ondas, busquei o tempo todo ser o melhor no que fazia, fui reconhecido como um guerreiro que sabe lutar, meus amigos leais me recebem com dignidade por conhecer muito das minha história. Estou deixando estas palavras pela primeira vez, no ano em que serei um sexagenário; sei que você que me lê deve ter se identificado com estas ondas, as nossas ondas de cada dia e a impressão que eu tenho é que novas ondas estão para vir e será emocionante, duro sim possivelmente naquele momento mas que me fará crescer, amadurecer e celebrar, quem sabe, nas próximas décadas, aquela fantástica onda que eu não perderei por nada.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

pensando aqui...



Você já notou que na história do Brasil, nenhuma tomada de posição por liberdade e cidadania foi tomada propriamente pelo povo, mas pela classe dominante?  nós aprendemos que o Estado é responsável pelas nossas vidas, basta que sejamos obedientes e bons funcionários, sob a máxima: temos que pagar eternamente pelos nossos pecados. Porém, para êrros, temos os acertos, para a dependencia existe a autonomia, para o sentimento de abandono existe a dignidade e para a mesmice existe a mudança, e mudança... dá trabalho!!!... o que vamos escolher? a zona de conforto ou o enfrentamento das incoerências da nossa democradcia bebê; estar exposto aos hormônios da mídia ou de fato ser o dono das suas próprias escolhas pelo crescimento existencial pessoal e coletivo;  permanecer na confortável caixinha ou questionar suas ações que te façam uma pessoa melhor. Assim como no trânsito somos todos pedestres, na vida e na sociedade, somos todos povo, povo brasileiro.

domingo, 4 de janeiro de 2015

Uma grande sacada de August Gendlin

Uma sacada do August Gendlin

24 de maio de 2011 às 23:29
"Quando eu me sento junto a alguém,
sei que isso é alguma coisa,
mesmo que nada eu tenha de valioso a dizer;

Não necessito da evidência constante de que estou sento efetivo e útil;

Posso apenas sentar-me e oferecer minha companhia.

Já vivi situações em que a minha dor não podia ser compreendida, mas em que eu me sentia confortável, apenas estando com alguém realmente disponpivel para mim;

alguém que nada exigia, alguém que não podia compreender meu coração dilacerado, mas que era uma companhia - como um lugar aonde ir quando se está fraco e só, uma presença humana, a civilização depois do deserto.

É muito quando eu apenas me sento junto a alguém,
Mas acredito que ajuda dizer, que pretendo assentar em silêncio,
ajuda a fazer do nada alguma coisa."                                                            August Gendlin

é bom ser finito!

é bom ser finito!

7 de maio de 2011 às 11:14
O Silêncio fala!! e como fala!! Sabemos que no calendário da existencia do nosso planeta, se contarmos 24 horas, nosso nascimento enquanto humanidade se deu aos 15 minutos para meia-noite, civilizando-se há uns cinco minutos cósmicos atrás, e vemos que mesmo em nosso tão ralo calendário,tudo que durou tantos anos para ser formado, está sendo consumido por nós, por certo, salvo provável arrogancia, as criaturas mais inteligentes que já existiram por aqui; apenas erram, se posso assim dizer, quando nas relações humanas, desprezam o afeto e a troca de consideração uns com os outros. Amigos me perdoem, mas nossos contatos na net que tanto vislumbram ser o início de um futuro de harmonia entre os povos e entre as pessoas em geral, contenta-se mesmo nos contatos à distancia, de preferencia, este contato acometido de uma talidomida emocional e afetiva, quando se contentam tanto com muitas vezes vinte por cento da nossa capacidade de comunicação em nossas relações virtuais; a angustia é maior quando a impressão é a de que ninguem se importa de viver com as migalhas dos outros; o que será isso? auto-punição? por que razão? Venham logo as imagens holográficas, os sensibilizadores olfativos via softwers, venham logo os teletransportes, ou melhor ainda, que se resgate rápidamente o antigo abraço afetivo e visceral, antes que aquele personagem do Matrix, Sr Smith, tenha total razão, quando diz na primeir a trilogia que somos mesmo bons virus destruidores! Feliz é quem pode elevar as mãos para os céus e ser agradecido por tão maravilhosa, misteriosa, fascinante e generosa finitude de nossas vidas!